sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Boa Conha ou Má Conha, eis a questão?

Se for tão boa essa erva o nome deveria ser:
BOA CONHA
MÁconha um breve relato:

Há duas variedades da maconha ou Cannabis sativa, o tipo fibra e o tipo droga.
A fibra foi muito utilizada na Europa desde o século X, sendo conhecida com o nome de cânhamo. Esta planta contém pouco material excitante em sua copada e foi interrompida pelo surgimento das fibras sintéticas.

O uso da maconha teve início há mais de 4000 anos, na China, sendo a ela atribuído efeito sedativo. Nunca teve realmente boa aceitação, talvez porque os chineses possuíssem substâncias psicoativas mais poderosas para amenizar a dor.
Cerca de 2000 anos antes de Cristo era considerada uma planta sagrada e utilizada em ritos religiosos na Índia.

Da Índia, a planta foi levada para o Oriente Médio. Mais uma vez, a religião teve um papel importante na divulgação da droga e, uma vez que a fé maometana proíbe rigidamente o consumo do álcool , houve um interesse imediato pelo substituto que produzia um estado de euforia semelhante sem levar o consumidor ao pecado mortal.

As invasões árabes dos séculos IX a XII introduziram a cannabis no norte da África, desde o Egito até o leste da Tunísia, a Argélia e Marrocos. Foi primeiro enaltecida pelos poetas e encontrou aceitação pelo povo. Não teve boa repercussão na Espanha, muito provavelmente pela grande disponibilidade de vinho.

Contudo, no Oriente Médio o consumo crescia e, os contos de As mil e uma noites, por exemplo, foram escritos no auge do consumo, sendo responsáveis talvez pelo "tapete voador".

Os maiores efeitos, contudo, foram sentidos no Egito onde o grande consumo da cannabis coincidiu com um longo período de declínio, durante o qual o Egito passou da situação de potência mundial para estado agrário escravocrata. O próprio declínio estimulou também o maior consumo e houve uma lei ordenando a extração de dentes, sem anestesia, de quem fizesse uso da droga.

Quando Napoleão dominou o Egito, em 1800, determinou a proibição do uso da droga. Sem êxito.

Não havia intercâmbio cultural com a Europa, até então. Quando a droga chegou à França, em meados do século XIX, havia um interesse científico e, não uma procura por estados de nirvana.

O contato francês com os efeitos psicoativos da cannabis foi de curta duração. Mas, na Inglaterra a história foi diferente, por ser integrada ao arsenal farmacológico da época. Com o advento de medicamentos mais específicos a planta foi relegada.

Nos Estados Unidos a planta de tipo fibra era grandemente cultivada, inclusive por George Washington. Foi também, de início utilizada como fármaco - relaxante muscular.

Foi em 1855 que se publicou o primeiro relatório das propriedades intoxicantes da cannabis, através do trabalho de Fritz Hugh Ludlow, que foi também o primeiro a oficialmente tornar-se dependente da droga.

Um comentário:

  1. Paulo visita meu blog aí: Diário do Crack e me segue tb vamos fazer uma corrente e uma campanha...valeu!!!

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